21 de novembro de 2015
Terra de Siena
(Reflexão)
Fiz pinturas a óleo, acrílico, guache e aquarela, anos idos, com vendas e uma exposição etc. Terra de Siena, para mim, era uma das cores um tanto inexpressivas, por ser um marrom, digo, sem graça. Porém, era a que, em conjunto com suas cores adjacentes, tonalizava luz e relevo, principalmente na pintura da pele humana.
Existem coisas ao redor da gente, e também dentro da gente!, que se parecem com coisas sem valor e que não colaboram com o que pensamos, e no fundo não nos fazem falta. Nos momentos inexpressíveis é que a gente vê como elas são valiosas e necessárias. Elas comporão a verdadeira tonalidade e nos farão alcançar o objetivo desejado.
“Porque, quem despreza o dia das coisas pequenas?” (Zc 4.10). “Procuras tu grandezas? não as busques” (Jr 45.5). Para Davi, com Deus, uma pequena funda foi suficiente para derrotar o gigante Golias. Para Elias, com Deus, uma pequena nuvem foi suficiente para fazer chover torrencialmente, depois de três anos e meio de seca. Para o servo bom, com Deus, a fidelidade sobre o pouco será suficiente para ser governador de dez cidades (Lc 19.17).
Assim, não desprezemos nossa “Terra de Siena”! Sem ela não teremos luz nem relevância!
Isac Rodrigues