Encontrei isto nuns arquivos antigos e achei legal publicar.
Uma crônica de Maurício de Souza, criador dos famosos personagens Mônica, Cebolinha, Cascão.
Ontem, fui a uma cerimônia pela paz no World Trade Center de São Paulo.
Falou-se de paz. Um coral de meninos e meninas cantou e tocou e um outro grupo de bailarinos jovens apresentou um belo número de dança clássica. O ministro Gil falou bonito e empolado, como sempre...
E eu saí de lá pensando na paz... E na luta que se tem para encontrá-la.
Porque somos todos guerreiros. É da natureza humana. Faz parte das nossas necessidades vitais. Vivemos na espreita e na defensiva. Cheios de adrenalina, de prontidão.
Talvez, se não fosse assim, não sobreviveríamos.
Mas daí, em algum ponto da história da raça humana, algum espírito iluminado concluiu e fez seguidores para um novo contexto: o da paz, da concórdia, da solidariedade, da união. Onde todos poderiam explorar melhor suas habilidades num ambiente seguro, sem agressões.
E veio o progresso, a civilização, com sua teia de sistemas, leis e costumes.
Aqui e ali, servindo para ou se servindo dos caminhos da religião.
E chegamos aos nossos tempos, nossos credos, nossas crenças... Com um Deus onipresente.
Que, se em outros tempos e civilizações era respeitado e temido, hoje virou um amigo que pode ser atingido por uma breve conversa, um papo moderno, um fulgor de amor, uma rápida troca de informações.
Porque quando chegamos até Ele, com pedidos, lamúrias, queixas ou mesmo agradecimentos, sabemos exatamente Sua posição, Seus desejos e Seus desígnios. Sabemos o que Ele espera de nós no comportamento, nos ideais.
Porque sempre tivemos um Deus presente em nossas vidas. Ele nos é familiar. Apenas não O ouvimos muito.
Mas não está em tempo de rompermos essa nossa solidão?
Não está no tempo de buscarmos a palavra amiga do Pai?
Nós nos afastamos Dele. Mas Ele sempre esteve ao nosso alcance.
Como agora. Neste momento.
Somente esperando um chamado Seu. Como um toque de celular, de telefone... Mas na forma de uma prece.
O que você tem a dizer pra Ele hoje?
Qualquer que seja a conversa, Ele vai ficar muito feliz com seu retorno. E lhe devolverá o amor e o consolo de sempre.
Vamos! Não tenha receio pelo tempo que demorou para reencontrá-Lo.
Cerre os olhos por uns instantes, onde quer que esteja, respire pausadamente, sinta-se envolvido pelo Seu calor, pelo Seu carinho, pela Sua compreensão e fale. Como quando você era criança e estava no tempo dos "porquês".
Indague, pergunte, confesse, ouça-O pela voz do seu coração.
Há tantas coisas, ainda, para vocês conversarem.
E o mais importante: você não estará mais sozinho.
Comece agora...
Ele o espera.
21.06.2005
Maurício de Souza
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