21 de maio de 2015
Campos de alfazemas
(Reflexão)
A mesma terra que produz alfazemas é a mesma que contempla a maldade dos homens. Num momento atiramos flores; noutro, ódio. Somos culpados por atitudes de ofensa. Somos culpados por atitudes de mortais pecados. Elogiamos e enlevamos, mas também somos terríveis de poder incendiar um grande bosque (Tg 3.5). Fôssemos um pouquinho maiores, destruiríamos o universo inteiro.
Jesus viu tudo isto. Viu que nada era bom. Viu nossa inutilidade para o bem. Mas viu, e… depois viu diferente. Viu que dum pedaço de carvão podia tirar um diamante; que duma porção de argila, uma ametista. Até então, negação total. Acho que numa coisa somos bem parecidos, nisto: “Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24). No mais, adeus para sempre!
Não sendo ele, o Senhor, quem nos receberia nesta grave situação? Quem, sorrindo, abriria os braços a dizer “te amo”? Quem poderia declarar: “Filho, perdoados estão os teus pecados”? Contudo, ele diz: “Vinde a mim”. Então, dar-se-á o caso dele se importar com a gente? Sim, ele se importa. Como diz (Ez 34): “Eis que eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas e as buscarei”, (v.11), e elas “pastarão em pastos gordos”, (v.14). “A perdida buscarei, e a desgarrada tornarei a trazer, e a quebrada ligarei, e a enferma fortalecerei”, (v.16). Ele, então fará, mais uma vez, que nossos campos se cubram de alfazemas! (Ct 2.12).
Isac Rodrigues