19 de agosto de 2015
Pés como os da corça
(Reflexão)
Li “Pés como os da corça nos lugares altos” (Editora Vida). Uma alegoria incrível, que reconta a história de muitos, de nós mesmos! O momento mais chocante da história é quando o Pastor pode anular uma jornada inteira de sofrimentos e experiências, para fazer recomeçar tudo de novo! Sob o raciocínio humano, isso não poderia acontecer. Mesmo assim, o Pastor tem os que o amam com submissão: “Irei contigo ao deserto, para longe do que me prometeste, se esta é a tua vontade. Mesmo que não possas contar-me a razão dessa descida, eu irei contigo, pois sabes o quanto te amo. Tu tens o direito de escolher para mim qualquer coisa que seja do teu agrado” (Grande-Medrosa, personagem principal, que veio a chamar-se Graça e Glória), tornando “tudo isto parecer uma terrível contradição do que ele prometeu”. O que houve? A reciprocidade do Amor. O Amor é o mais doce componente dessa história, que, sendo belo, é terrível também – “terrível na determinação de não aceitar imperfeições, ou a falta de algum valor na personalidade da pessoa amada”. O desejo do Pastor: levar seus filhos, com pés de corça (sobre montanhas e abismos), aos picos dos Lugares Altos, no próprio Reino do Amor! Leitura imprescindível. Falou muito!
Isac Rodrigues