16 de dezembro de 2014
O milagre das mãos
Há muitas mãos neste mundo: mãos caridosas, mãos carinhosas, mãos que ajudam, mãos adornadas, e até mãos de veludo. Também há dentre as mãos – brancas, pretas e amarelas – mãos calejadas, enrugadas, trêmulas, cansadas; mãos agradecidas, postas, santas, boas, prodigiosas. Também, tristemente, mãos falsas, mãos ladras, que roubam o bem e semeiam o mal – que não tiveram chances, que não foram amadas, que foram iludidas, que vivem tristes, mas que podem, apesar de tudo, encontrar o bem para assim viver.
As mãos que pelejam, de finos nervos, veias minúsculas, ossinhos e sangue, que sendo sensíveis, fazem a guerra!, acenando a vitória antes de terem vitória! Acenando a bênção tão e eternamente sonhada! Elas – soldados valentes – destemidas, corajosas, entram em combate! Pelejam as maiores batalhas! Lutam, ainda que trementes, horrorizam-se, mas se tornam invencíveis! Tudo por um ideal. Por fim, triunfantes se mostram!
Estas são as mãos que estão postas em Deus! As mãos nas dele é que se fazem admiráveis, quando, com o sorriso de triunfo, notar que há nelas um milagre: o milagre das mãos fortes de Deus, em todos os dias, faça sol ou chuva, faça dia ou noite, faça frio ou calor, faça o que fizer.
Isac Rodrigues